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Os cortes nos salários de parlamentares seriam insuficientes para arcar com as novas parcelas do auxílio emergencial. Maia, no entanto, não descarta o debate.
O presidente Jair Bolsonaro, em pronunciamento realizado na última terça-feira (09/06), instigou os congressistas ao propor uma redução em seus rendimentos para investir no auxílio emergencial extra (quarta e quinta parcela). Entretanto, conforme informações levantadas pela Folha de S. Paulo, os cortes nos salários de parlamentares pagariam apenas 0,05% de um mês do benefício.
E se eles aceitassem zerar todas as suas remunerações, incluindo verbas para passagens aéreas e auxílio-moradia? A economia seria de somente R$ 20,1 milhões mensais, o que representa menos do que 0,04% dos R$ 50,9 bilhões despendidos com uma parcela do auxílio emergencial.
Em termos práticos, o percentual economizado apenas cobriria R$ 0,24 para cada brasileiro atendido pelo benefício. A Folha de S. Paulo também afirma que uma redução temporária na folha de pagamento de todos os servidores públicos não seria suficiente para bancar os dois meses prorrogados.
Proposta de redução no salário dos parlamentares: debate político
O pronunciamento de Jair Bolsonaro não passou batido pelos congressistas. No mesmo dia, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, rebateu a proposta ao mencionar que a conta do presidente está um pouco distante da realidade. O parlamentar, no entanto, não descartou a possibilidade e disse que o debate político precisa ser feito para encontrar soluções efetivas.
“Acho que a conta está um pouco distante. O custo de dois meses [de auxílio] é de R$ 100 bilhões, o custo anual dos salários brutos dos parlamentares é de R$ 220 milhões. Lembrando que a Câmara já economizou mais de R$ 150 milhões. Mas nós não temos problema nesse debate, precisa ser feito”, respondeu Rodrigo Maia.
O presidente da Câmara ainda complementou sua fala ao afirmar que o custo de mão de obra dos três Poderes está na faixa dos R$ 200 bilhões. Dentro desse valor, R$ 170 bilhões são destinados para o custeio do Executivo, incluindo servidores, ministros e o próprio presidente da República.
“Se o debate for esse, não há nenhum problema que todo mundo participe para compensar a manutenção de dois meses, três meses, da renda mínima. Lembrando, claro, que teremos de fazer um corte dos maiores salários”, afirmou Maia.
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