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Presidente da ADPESP diz que PC SP tem mais de 14 mil cargos vagos

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De acordo com delegado, a Polícia Civil de São Paulo tem os salários mais baixos do país e tem um déficit muito alto de pessoal sem previsão de reposição.

PC SP: a imagem mostra uma fila de viaturas da policia civil de são paulo estacionadas

Várias denúncias foram feitas pelo Delegado Bueno. – Foto: Wikimedia Commons

Gustavo Mesquita Galvão Bueno, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do estado de São Paulo (ADPESP), fez algumas denúncias sobre a situação da corporação. Segundo ele, deveriam ter mais de 700 candidatos aprovados em concurso PC SP, mas João Dória não realiza as nomeações. A fala foi dada em entrevista ao jornal Diário de São Paulo no último dia 17 de novembro de 2020.

De acordo com Bueno, o governador do estado não contrata policiais com base em uma Lei Federal. “Porém, essa lei veda novas contratações e não a reposição dos cargos vagos que, repito, já ultrapassam os 14.000. Percebe-se assim, a utilização do argumento da pandemia para mascarar o que é, na verdade, falta de vontade política”, argumenta.

Situação da Polícia Civil SP

O delegado iniciou sua fala denunciando um “descaso dos governos paulistas, nas mãos do PSDB, há quase 30 anos” com a Polícia Civil do estado. Ele explica que, por causa disso, existe um déficit superior a 14 mil policiais em comparação ao efetivo previsto. “Ou seja, a população paulista cresceu e a polícia civil vem diminuindo naturalmente, o que prejudica o serviço prestado à população”, pontua.

Bueno também citou falta de qualidade em equipamentos, armamento e viaturas, bem como uma desvalorização do pessoal. De acordo com ele, a PC SP tem os piores salários da categoria em todo o país. “Este cenário faz com o Estado de SP perca diariamente bons policiais civis que deixam a carreira aqui, para segui-la em outros estados onde o trabalho deles e os salários são mais valorizados”, explica.

Por causa das remunerações defasadas, Bueno conta que policiais civis acabam recorrendo a “bicos” para complementar a renda. “A questão salarial, além de uma questão de justiça com o servidor em relação às suas atribuições, responsabilidades e o risco de vida que ele corre diariamente. Hoje representa efetivamente uma falha de política pública, onde a sociedade perde”, comenta.

Ele ainda afirma que o governo gasta com a formação de pessoal e acaba perdendo policiais capacitados. Logo, o número de cargos vagos no estado só aumenta. O presidente da ADPESP entende que “não adianta só contratar se não resolver a questão salarial, caso contrário, seguiremos enxugando gelo”.

Expectativas para a PC SP

Na entrevista, Bueno também falou sobre a bandeira de segurança pública defendida por Dória em sua campanha eleitoral e disse que o governador não está cumprindo sua promessa. “Desde que foi eleito, Doria fez um compromisso público até o final de seu governo, onde os policiais paulistas seriam os mais bem pagos do país, mas nos concedeu um reajuste pífio de 5% que não chega perto da correção inflacionária”, afirmou.

Ele relembrou uma entrevista recente de João Dória, em que este dizia que a Polícia Civil de São Paulo é a mais bem equipada. No entanto, o delegado nega que isso seja verdade, reafirma que os salários são os piores e não há contratação periódica. Bueno ainda denuncia a falta de equipamento e infraestrutura de trabalho.

Para ele, “quando um governante se encastela dessa forma e só dialoga em época eleitoral, o resultado é uma política de segurança limitada e desconectada com os verdadeiros anseios da população”. Com as eleições municipais, o presidente da ADPESP espera que os prefeitos cobrem do governador investimentos e adoção de políticas de segurança pública.

Outra expectativa é de haver uma integração dos governantes eleitos com PC SP “por meio de convênios que possibilitem ao município explorar o potencial e expertise dos Policiais Civis no âmbito das técnicas de inteligência policial, enfrentamento ao crime organizado, crimes contra a administração pública e violência contra a mulher”.

Isadora Tristão

Redatora

Nascida na cidade de Goiânia e formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Goiás, hoje, é redatora no site “Concursos no Brasil”. Anteriormente, fez parte da criação de uma revista voltada para o público feminino, a Revista Trendy, onde trabalhou como repórter e gestora de mídias digitais por dois anos. Também já escreveu para os sites “Conhecimento Científico” e “KoreaIN”. Em 2018 publicou seu livro-reportagem intitulado “Césio 137: os tons de um acidente”, sobre o acidente radiológico que aconteceu na capital goiana no final da década de 1980.

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