[ad_1]
O Censo do IBGE realiza coleta de dados pelo Brasil uma vez a cada dez anos para identificar as condições de vida da população em todo o território nacional.
O senador Márcio Bittar, relator do Orçamento da União 2021, propôs um corte de R$ 1,7 bilhão no orçamento de R$ 2 bilhões previsto para o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O texto foi votado e aprovado no Congresso Nacional nesta quinta-feira (25/03), mas, para valer, ainda precisa ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Caso a mudança de valores seja concretizada, a realização da pesquisa será prejudicada e, consequentemente, o concurso IBGE também será afetado. Isso porque dois dos seis editais abertos são específicos para contratações de servidores que atuariam no Censo 2021. Esses somam a maioria das vagas (204.307 oportunidades) e são para os cargos de:
- Recenseador: 181.898 vagas;
- Agente Censitário Municipal (ACM): 5.450 vagas;
- Agente Censitário Supervisor (ACS): 16.959 vagas.
Os outros quatro editais somam 6.500 vagas para profissionais de níveis médio e superior com contratos pelo tempo determinado de um ano. Mesmo com o corte no orçamento, essas oportunidades do concurso IBGE devem ser mantidas. São elas:
- Agente de Pesquisa e Mapeamento: 5.623 vagas;
- Agente de Pesquisa por Telefone: 300 vagas;
- Supervisor de Coleta e Qualidade: 552 vagas;
- Supervisor de Pesquisas: 25 vagas.
Importância da realização do Censo do IBGE
O Censo Demográfico é realizado um vez a cada 10 anos e o último aconteceu no ano de 2010. Sendo assim, deveria ter sido realizada uma nova pesquisa em 2020. No entanto, por causa da pandemia de coronavírus, a coleta de informações precisou ser adiada e deveria acontecer neste ano de 2021. Com a crise de saúde ainda instalada no Brasil e a possibilidade de um corte orçamentário, o Censo pode ser prejudicado mais uma vez.
A pesquisa tem extrema importância nacional, pois é responsável por criar um retrato da população e sua condição de vida pelo país. A coleta de dados abrange vários pontos como renda, emprego, escolaridade, saúde, infraestrutura e saneamento básico, por exemplo.
O Censo serve para compreender como as pessoas vivem nas diferentes regiões brasileiras. Dessa forma, é possível traçar planos de implementação de políticas públicas, desenvolvimento social e investimentos, tanto públicos como privados.
Como a falta do Censo 2021 pode afetar o Brasil?
Caso a pesquisa não seja realizada em 2021, haverá um espaço de 11 anos de informações desatualizadas sobre o Brasil. “Sem o Censo em 2021, as ações governamentais pós-pandemia serão fragilizadas pela ausência das informações que alicerçam as políticas públicas com impactos no território brasileiro, particularmente em seus municípios”, afirmou a direção do IBGE.
Isso significa que algumas políticas públicas podem ser prejudicadas, como:
- Ajuste da democracia representativa, por meio da contagem populacional, definindo o número de deputados federais e estaduais e de vereadores;
- Definição de quais são os públicos-alvo de políticas públicas federais, estaduais e municipais;
- Descrição da população que se enquadra nos grupos de risco para realização de campanhas de vacinação;
- Regulação das políticas para superação e recuperação após o fim da pandemia;
- Transferências da União para estados e municípios, com impacto significativo nos orçamentos públicos;
- Deslocamento de recursos para a administração do Bolsa Família e outros programas sociais;
- Definição de quais áreas precisam ter os investimentos priorizados: saúde, educação, habitação, transportes, energia, programas de assistência a crianças, jovens e idosos.
Ao G1, o IBGE informou que “solicitará orientações ao Ministério da Economia sobre os procedimentos no tocante à operação censitária que, de acordo com a lei 8.184/1991, deve ser realizada a cada dez anos”.
Compartilhe
[ad_2]
Source link