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As regiões Norte e Nordeste foram as que mais sofreram com a redução de inscritos no Programa Bolsa Família. Ministério da Cidadania deve explicar os cortes.
Nesta segunda-feira (17/05), o Senado Federal aprovou o pedido de esclarecimento da Comissão Temporária da COVID-19 ao ministro da Cidadania, João Roma, sobre a redução dos cadastros no Bolsa Família. A diminuição no número de beneficiários foi feita entre o final de 2020 e início de 2021, atingindo principalmente as regiões Norte e Nordeste.
A solicitação foi feita pela Senadora Eliziane Gama, exigindo que Roma informe como foram realizados os cortes de gastos do Ministério da Cidadania por meio de dados e planilhas. Além disso, de acordo com o requerimento, o MC deverá apresentar o número de famílias que estão na lista de espera e também a quantidade de novos beneficiários do programa.
O objetivo é comparar se o montante de novas inscrições efetivadas equivale ao número de pedidos. Agora, Senado Federal aguarda o envio de dados do Bolsa Família a ser feito por João Roma.
Norte e Nordeste são as regiões mais afetadas pela pobreza no Brasil
No documento, Gama esclareceu que 86 mil famílias nordestinas entraram em situação de extrema pobreza durante a pandemia, considerando o período de março de 2020 até janeiro de 2021. Os dados foram retirados de publicação feita pelo presidente Consórcio Nordeste e governador do Piauí, Wellington Dias.
Em carta, ele afirmou que “o cenário que se vislumbra para a região é uma situação inédita de cortes e redução do orçamento dos principais programas de proteção às famílias”. Foi identificado que a região Nordeste é a que possui maior número de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Desde a instauração da crise de saúde, 48.116 famílias entraram em situação de extrema pobreza.
Dias pontuou que da fila de 1,8 milhões de famílias esperando entrar no programa, 685 famílias estão no Nordeste. A região Norte entra em segundo lugar, somando 35.012 novas famílias à categoria de extrema pobreza.
“As inserções no Programa Bolsa Família não vêm se dando de forma proporcional à demanda do território nacional. Ao contrário, o que observamos é a forma desigual e excepcional que a gestão federal tem administrado a distribuição de políticas sociais. Os programas de transferência de renda se configuram como estratégias indispensáveis no enfrentamento da pobreza e alívio da extrema pobreza”, disse Dias.
Por serem as regiões brasileiras com maior disparidade socioeconômica, são também o maior público do Bolsa Família e o que mais sofreu com o corte de beneficiários. A senadora Eliziane Gama afirmou que é necessário rever o processo de seleção do Bolsa Família, considerando o atual cenário social formado pela pandemia.
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