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Governo pretende adiar o Censo para 2022. Em nota, funcionários do IBGE dizem que novo adiamento do Censo é desperdício de verbas.
Ao longo do mês de agosto, o governo federal vem dando a entender que irá adiar o Censo Demográfico para 2022. A notícia não caiu bem entre os funcionários do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que consideram o novo adiamento do Censo um desperdício de verbas públicas.
Em uma nota publicada pela Associação dos Trabalhadores do IBGE (Assibge), há uma crítica a possível decisão. “Do ponto de vista do próprio discurso do governo, o adiamento é uma contradição, pois representará um desperdício de recursos já alocados em equipamentos e recursos humanos”, afirma a Assibge.
O possível adiamento do censo do IBGE para o ano de 2022 foi apurado pelo jornal O Estado de São Paulo. Segundo a publicação, o governo prevê incluir o adiamento na proposta orçamentária de 2021 que será encaminhada ao Congresso no dia 31 de agosto.
Vale ressaltar que o novo adiamento do Censo poderá fazer com que o concurso IBGE também seja protelado mais uma vez.
Insatisfação não é novidade
A insatisfação de funcionários do IBGE com o governo federal não vem de agora. Desde 2019, cinco gestores da área de pesquisas do instituto já pediram renúncia. Entre as principais justificativas estavam as mudanças e a forma de condução do governo em relação aos temas do instituto.
O que é o Censo?
O Censo Demográfico é a maior e mais detalhada pesquisa realizada no país. Ela é feita a cada dez anos e por meio de seus agentes, o IBGE visita todos os domicílios do país para que haja uma grande coleta de dados sobre a população brasileira.
A pandemia provocada pelo novo coronavírus adiou o Censo que seria feito em 2020 para 2021. O último levantamento foi realizado em 2010 e coletou dados em níveis municipal, estadual e nacional.
Vale ressaltar que o Censo serve como a principal base para que o governo defina as políticas públicas para os anos seguintes de forma que elas se tornem eficazes. Por isso, o levantamento é considerado imprescindível para muitos especialistas.
Especialistas apontam prejuízos com novo adiamento
Alguns especialistas como o economista Sérgio Besserman, que já presidiu o IBGE, apontam que um novo adiamento do Censo pode trazer grandes prejuízos ao país pelo fato do governo não ter informações sobre quais tipos de políticas públicas devem ser adotadas.
Para o jornal O Globo, Besserman disse que a economia feita agora, não compensa a longo prazo. “Economiza-se um dinheiro de orçamento com um Censo, mas as políticas públicas perderão eficiência sem um retrato atualizado numa proporção maior. Serão perdidos bilhões a mais pela falta dessa atualização”, afirmou.
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