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De acordo com delegado, a Polícia Civil de São Paulo tem os salários mais baixos do país e tem um déficit muito alto de pessoal sem previsão de reposição.
Gustavo Mesquita Galvão Bueno, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do estado de São Paulo (ADPESP), fez algumas denúncias sobre a situação da corporação. Segundo ele, deveriam ter mais de 700 candidatos aprovados em concurso PC SP, mas João Dória não realiza as nomeações. A fala foi dada em entrevista ao jornal Diário de São Paulo no último dia 17 de novembro de 2020.
De acordo com Bueno, o governador do estado não contrata policiais com base em uma Lei Federal. “Porém, essa lei veda novas contratações e não a reposição dos cargos vagos que, repito, já ultrapassam os 14.000. Percebe-se assim, a utilização do argumento da pandemia para mascarar o que é, na verdade, falta de vontade política”, argumenta.
Situação da Polícia Civil SP
O delegado iniciou sua fala denunciando um “descaso dos governos paulistas, nas mãos do PSDB, há quase 30 anos” com a Polícia Civil do estado. Ele explica que, por causa disso, existe um déficit superior a 14 mil policiais em comparação ao efetivo previsto. “Ou seja, a população paulista cresceu e a polícia civil vem diminuindo naturalmente, o que prejudica o serviço prestado à população”, pontua.
Bueno também citou falta de qualidade em equipamentos, armamento e viaturas, bem como uma desvalorização do pessoal. De acordo com ele, a PC SP tem os piores salários da categoria em todo o país. “Este cenário faz com o Estado de SP perca diariamente bons policiais civis que deixam a carreira aqui, para segui-la em outros estados onde o trabalho deles e os salários são mais valorizados”, explica.
Por causa das remunerações defasadas, Bueno conta que policiais civis acabam recorrendo a “bicos” para complementar a renda. “A questão salarial, além de uma questão de justiça com o servidor em relação às suas atribuições, responsabilidades e o risco de vida que ele corre diariamente. Hoje representa efetivamente uma falha de política pública, onde a sociedade perde”, comenta.
Ele ainda afirma que o governo gasta com a formação de pessoal e acaba perdendo policiais capacitados. Logo, o número de cargos vagos no estado só aumenta. O presidente da ADPESP entende que “não adianta só contratar se não resolver a questão salarial, caso contrário, seguiremos enxugando gelo”.
Expectativas para a PC SP
Na entrevista, Bueno também falou sobre a bandeira de segurança pública defendida por Dória em sua campanha eleitoral e disse que o governador não está cumprindo sua promessa. “Desde que foi eleito, Doria fez um compromisso público até o final de seu governo, onde os policiais paulistas seriam os mais bem pagos do país, mas nos concedeu um reajuste pífio de 5% que não chega perto da correção inflacionária”, afirmou.
Ele relembrou uma entrevista recente de João Dória, em que este dizia que a Polícia Civil de São Paulo é a mais bem equipada. No entanto, o delegado nega que isso seja verdade, reafirma que os salários são os piores e não há contratação periódica. Bueno ainda denuncia a falta de equipamento e infraestrutura de trabalho.
Para ele, “quando um governante se encastela dessa forma e só dialoga em época eleitoral, o resultado é uma política de segurança limitada e desconectada com os verdadeiros anseios da população”. Com as eleições municipais, o presidente da ADPESP espera que os prefeitos cobrem do governador investimentos e adoção de políticas de segurança pública.
Outra expectativa é de haver uma integração dos governantes eleitos com PC SP “por meio de convênios que possibilitem ao município explorar o potencial e expertise dos Policiais Civis no âmbito das técnicas de inteligência policial, enfrentamento ao crime organizado, crimes contra a administração pública e violência contra a mulher”.
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